segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Um prazer milenar

Baccanal é o nome original dado ao culto dedicado ao deus do vinho, Bacco, celebrado desde antes do nascimento de Cristo no império romano. Como não podia deixar de ser, foram os descendentes dos romanos, que começaram a chegar ao Brasil no século XIX, que construíram pequenos "templos" de pedra, dedicados aos prazeres de Bacco. Geralmente rodeados de videiras, dentro deles era elaborado, armazenado e desfrutado aquilo que de mais precioso se produzia nas novas propriedades rurais: o vinho.
Após um longo dia de trabalho na lavoura, os imigrantes italianos guardavam as ferramentas de trabalho no galpão e dirigiam-se ao "altar" de Bacco para relaxar, contando histórias da terra natal que ficara do outro lado do Atlântico.

Haviam deixado para trás a Itália, que naquela época não mais podia lhes garantir sustento. Foram, por isto, buscar novas oportunidades na América, mais precisamente numa terra que se tornara independente de Portugal alguns anos antes, em 1822, o Brasil. Eles não perderam tempo e trataram de reproduzir, na nova terra, o prazer milenar que haviam herdado dos antigos romanos.

Além de lhes dar abrigo e segurança, os pequenos "templos" ainda permitiam, através das pequenas janelas da construção, o controle dos novos domínios rurais que implantavam na terra que lhes fora destinada pelo império brasileiro. Podiam assim desfrutar em paz o prazer milenar do vinho, assim como nos baccanais da roma antiga.




sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

As torres do poder

Durante milênios duas forças poderosas disputaram o poder, muitas vezes compartilharam o poder, mas sempre exerceram seu domínio sobre povos e nações. Hoje exército e igreja disputam o poder com novas forças, mas ainda são instituições poderosas, que no centro de Porto Alegre convivem em aparente harmonia.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O monstro cresce


Há um monstro crescendo na frente da nossa janela. O pior não é o barulho que começa bem cedo de manhã e que castiga os ouvidos durante todo o dia, nem o pó que entra por qualquer fresta  tomando conta da casa. O pior é a visão que ficará obstruída para sempre. Onde tudo era verde, agora só há tijolos e concreto. Quando a obra estiver pronta, nem o arco-iris, no alto do céu, escapará da cruel opacidade imposta à nossa visão.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A prole

À prole é preciso dar casa, comida, proteção, educação, carinho, ensinamento, exemplo... tanta coisa! É preciso preparar os filhos para o mundo.
(Se quiser ver melhor os detalhes da foto, clique sobre ela)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Domingo radical



O domingo com mais nuvens e com mais vento, não ficou devendo nada ao sábado (postagem anterior) em termos de emoção. As nuvens deixaram as fotos menos coloridas, mas gostei, porque mostram o esforço e a curtição. A velejada foi ainda mais divertida do que a do dia anterior. Final de semana perfeito na lagoa Itapeva!
(Fotos de Beatriz S. Hasenack)

domingo, 22 de janeiro de 2012

Itapeva perfeita





O início do dia foi quente e sem vento. Aos poucos uma leve brisa começou a agitar as águas da Lagoa Itapeva. Por volta de 16 horas o vento já era de 10 nós e resolvemos sair com nossos barcos para desfrutar a lagoa. Pouco antes do anoitecer as condições eram excelentes. Ventos de 14 a 17 nós, águas calmas e mornas, cores saturadas pelas luzes do final do dia... a Itapeva esteve perfeita.
(Fotos de Beatriz S. Hasenack)

sábado, 21 de janeiro de 2012

Poster

Ela floriu antes do Natal, virou foto, poster e presente para a vó! Agora está enfeitando a sala dela.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

No Alto da Serra do Mar




Quando se está no alto da Serra do Mar, a 1.000 metros sobre o nível do mar, a vista é fantástica, para onde quer que se olhe. Nas duas primeiras fotos vemos o vale do rio Pedras Brancas. Na terceira o início do canion Pedras Brancas. Na quarta foto vemos a planície litorânea, a lagoa Itapeva e bem ao fundo o mar, nas proximidades do balneário de Rondinha.
(fotos 1 e 3 de Beatriz S. Hasenack)

sábado, 14 de janeiro de 2012

Itapeva ao nascer do dia

Seis horas e seis minutos era o que marcava o relógio. O sol estava por surgir na linha do horizonte, sobre a Lagoa Itapeva. Apenas o latido de um cão quebrava o silêncio de uma calma e amena manhã de verão, que prometia muita diversão nas águas mornas desta bela lagoa do litoral gaúcho.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O Guaíba


Recentemente rebatizou-se o Rio Guaíba como Lago Guaíba. É apenas uma questão técnica que no fundo não importa, pois o nome não muda em nada a beleza e o encanto de um final de tarde no Guaíba.

Quem vê cara não vê coração, diz o ditado popular. O mesmo vale para o Guaíba. O visual pode ser lindo, mas as águas são uma vergonha. As gerações passadas e a nossa também, trocaram desenvolvimento industrial e urbano por um Guaíba empestado por contaminantes químicos e biológicos. Agora, ao que parece, estamos pouco a pouco tomando consciência de que isto foi um grande erro. Soluções existem, mas pagaremos caro por isto. Provavelmente muitas gerações ainda tenham que trabalhar duro para corrigir aquilo que foi destruído em poucas décadas. Talvez o maior preço que a nossa geração já pagou, foi o impedimento de desfrutar as praias e as águas do Guaíba como o fizeram, por exemplo, os nossos pais quando crianças. Para nós o Guaíba simplesmente não existiu. Tivemos vergonha do nosso rio, a cidade deu as costas para ele. O projeto PISA, que está em andamento, já é um avanço, mas longe de ser a solução definitiva para o Guaíba. Será que um dia teremos novamente no Guaíba as águas que os nossos pais conheceram quando jovens?

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Como fantasmas

Como se fossem fantasmas, na penumbra da manhã, antes do nascer do sol, os Talha-mares voam baixo, rasgando a água do oceano na busca do alimento que lhes dará a energia necessária para mantê-los voando. Eles têm de fazer isto antes que os veranistas ocupem as praias e tomem o lugar que sempre foi deles, das Batuíras, dos Pirus-pirus e de tantas outras aves costeiras. Nos meses de verão elas são obrigadas a ceder suas áreas de alimentação ao homem, que sem pedir permissão, simplesmente toma conta das praias, restringindo radicalmente a possibilidade destas aves se alimentarem. 

A cada ano mais espaço litorâneo é ocupado pelo homem. A cada ano as restrições de alimentação, nidificação e descanso das aves litorâneas são maiores. 
Será que ainda veremos por muito tempo os Talha-mares cortando a água do mar com seus longos bicos, ou em breve serão apenas fantasmas?

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Uma orgia sexual

Embora o sexo vegetal não tenha o calor do sexo animal, as plantas não deixam de ter suas orgias. Vejam o que acontece com a flor do maracujá.
Esta flor tem suas estrutura sexuais dispostas de maneira extremamente inteligente. Têm o tamanho exato para receber o seu principal agente polinizador,  proporcionando uma reprodução segura, sem falhas. No centro da flor há um pedestal, cuja base está circundada por um pequeno fosso onde ocorre a secreção de néctar. Do alto do pedestal pendem os órgãos sexuais, tanto masculinos, com o pólen, quanto femininos.
Aí entra em cena o agente polinizador, a mamangava, uma abelha do gênero Bombus, grande e corpulenta, que faz um zumbido ameaçador ao voar.
Atraída pela secreção adocicada que se encontra em torno da base do pedestal no centro da flor, a mamangava se enfia debaixo dos órgãos sexuais do maracujá. Lambuza as estruturas femininas com pólen que trazia aderido às costas e pinta novamente o seu dorso de amarelo, com o pólen liberado pelas estruturas masculinas. É a orgia sexual do maracujá.
Carregada com pólen fresquinho lá vai a Mamangava voando para outra flor, polinizando e garantindo que, se a deixarmos viver, teremos muito suco de maracujá neste verão. Por isto não aplique inseticidas, não mate as mamangavas, nem destrua o seu habitat, ou você terá que pagar mais caro pelos maracujás.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

A primeira de 2012

Valeu a pena esperar que ela chegasse, bem laranjona, saindo por detrás do mato do cemitério São João, a primeira lua cheia do ano apareceu há pouco mais de meia hora atrás.

Seres vivos diferentes

Neste sábado o mar nos brindou com uma grande quantidade de dois seres vivos, providos de pequenos tentáculos levemente urticantes.
O primeiro tinha uma parte central circular em forma de um cone com pouca elevação no centro e com uma enorme quantidade de tentáculos, que eram movidos individualmente.

O outro era como se fosse um pequeno barquinho a vela. A parte flutuante era a azulada com pontinhos pretos e a "vela" era uma gelatina transparente. Os tentáculos sob a parte flutuante eram curtos e em pequeno número.

Alguém tem maiores informações sobre estes pequenos seres vivos?