terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Serra do Rio do Rastro


O termômetro marcava 29 graus centígrados quando, ainda antes do meio-dia, iniciamos a subida. Aquele prometia ser mais um escaldante dia de verão. Ao chegarmos no topo eram somente 24 graus. Além disto o vento soprava dando a sensação de frio, apesar da temperatura não estar tão baixa assim.


Havíamos acabado de "escalar" de carro a Serra do Rio do Rastro. Três casais acabaram de fazer o mesmo de moto. Inadvertidamente saíram sem se preocupar com a temperatura. Usavam roupa de praia e não de montanha e por isto desceram rapidamente pelo mesmo caminho pelo qual haviam acabado de subir.





Do ponto mais alto, no paradouro do alto da serra, pode-se ver a estrada e em dias claros, várias cidades na planície litorânea.




Com energia elétrica produzida por um gerador eólico, a estrada é bem iluminada em toda a sua extensão, dando segurança para quem transita por ela.



Outras de Urubici

Avencal, este é o nome da mais conhecida cascata de Urubici. Bela queda livre de aproximadamente 100 metros, permite o acesso tanto na parte superior como inferior.

Quem tiver disposição pode ir a pé, pois fica a menos de 8km da cidade.


Corvo Branco é como muitos chamam o Urubu Rei, ave que vive nas escarpas da Serra do Mar. Pois o Corvo Branco deu o nome à serra, cuja estrada de curvas radicais nos leva de Urubici em direção ao litoral catarinense. Não tem ainda a pavimentação privilegiada da Serra do Rio do Rastro, mas as obras já iniciaram.



Apesar disto o movimento não é pequeno, pois a distância por qualquer rota alternativa é muito maior.


O principal cartão postal de Urubici é a imagem da Pedra Furada, que fica abaixo do pico do Morro da Igreja. Por ser o local de maior altitude da região sul do país, 1.828 metros sobre o nível do mar, ali foi instalada a antena do Cindacta (Centro Integrado de Defesa e Controle de Tráfego Aéreo). Como a área está sob domínio da aeronáutica, só os militares têm acesso ao ponto culminante do sul do país.


O que os nativos da região faziam para se abrigar das baixas temperaturas?
Escavavam galerias, furnas, cavernas, valendo-se da propriedade que a terra tem de regular a temperatura. A região está cheia delas. Dizem que há algumas com mais de 500 metros de comprimento.

Perto do rio do Bugres há galerias com várias ramificações e várias entradas. O que chama à atenção é a baixa altura no interior destas cavernas, o que leva a crer que a estatura dos antigos habitantes da região era menor que a nossa.

A estrada não permite que se chegue de carro normal até o morro do Campestre. A solução é enfrentar a forte subida a pé. Nesta hora não ter um veículo com tração nas 4 rodas é uma grande vantagem. Só quem vai a pé tem o privilégio desta vista.


Imperadores do céu

Tal qual rei e rainha, eles sempre estão lá, mas nem sempre tão belos como naquele dia. A lua nasceu pouco depois que o sol se foi. Linda, surgiu atrás da montanha por entre as árvores. Sua luz branca e fria naquela noite estava alaranjada, quente, aconchegante.


Pela grande janela do quarto a lua foi observada longamente, enquanto ganhava altura no céu.


Pela mesma janela, na manhã seguinte, vimos a luz do sol colorir tudo na face da terra.


Horas depois eles estavam juntos no céu. O sol lançando seus raios sobre a lua que refletia a luz sobre nós.

Cenários cambiantes

Instável como a economia em épocas de crise, assim é o tempo nas mais altas montanhas da região sul do Brasil, em Urubici, a 1.828 metros acima do nível do mar.


Nos aconselharam a não subir ao Morro da Igreja, naquela tarde em que a neblina estava densa. Quando chegamos, a grande atração, a Pedra Furada, estava encoberta.


Se paciência é uma virude, graças a ela, depois de uma longa espera, uma agradável brisa soprou suavemente e elevou as nuvens como se fossem uma cortina, revelando a pedra tão famosa.


Bastaram algumas horas mais para que o sol desse cores mais saturadas às pastagens lá longe no vale.


A vista do alto da montanha também muda a cada instante. As nuvens dão um ar um tanto misterioso à paisagem.


Mas o ar de mistério se desfaz com a chegada do sol e a beleza está nas cores e na luz que nos deixa ver cada detalhe das montanhas.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Ela voou do ninho...

Assim como a ave que abandona o ninho, hoje ela se foi. Faltando 20 dias para completar 18 anos a Paula voou só, foi morar em São Paulo, onde cursará a faculdade de design de moda.


- Paula querida, voa, voa alto, pois tens muito a dar ao mundo. Que possas buscar este sonho que te acompanha desde pequenina!


sábado, 20 de fevereiro de 2010

Canion Pedras Brancas


Eles nascem bem próximos um do outro. Menos de 5 km separam o início dos canions Josafaz e Pedras Brancas a quase 1.000 metros de altitude.
Ambos despejam suas águas no oceano Atlântico, mas por caminhos muito diferentes. O rio do canion Josafaz corre para o norte, ajudando a dar volume às águas do rio Mampituba. O rio Pedras Brancas dirige-se ao sul, pelo fundo do canion.

Na parte central do canion há uma cascata que também chama-se Pedras Brancas. Quem puder chegar ao topo dela terá uma vista privilegiada.
A cascata vista de baixo também é especial, tal qual o banho que ela proporciona.

As águas continuam seu caminho, contribuindo para a formação do rio Três Forquilhas que desagua na lagoa Itapeva. Desta para a lagoa dos Quadros, seguindo por boa parte do sistema de lagoas do litoral norte gaúcho, até finalmente chegar ao mar pelo rio Tramandaí, a quase 100 km de onde as águas do Josafaz encontraram o mesmo oceano.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Dia ruim, cena incomum!

-Que dia feio; disse a minha mãe.
-Nem dá pra ir pra beira do mar!

O verão de 2009/2010 foi espetacular no Rio Grande do Sul. Em outros anos eles eram raros, mas neste verão, os dias ensolarados, com pouco vento, com mar calmo, água morna e límpida foram abundantes. Nesta temporada raros foram os dias de tempo ruim.

Naquela tarde a praia estava deserta, o vento sul que chegou por volta do meio dia, mandou todo mundo pra casa. E já estavam as pessoas a reclamar do tempo!
- Mãe, não é dia feio, é apenas diferente. Nestes momentos temos a oportunidade de ver coisas incomuns, cenas que normalmente não vemos e que também podem ser belas.

Peguei minha máquina fotográfica e saí. A cena que encontrei foram aves de praia, da espécie Tringa melanoleuca (maçarico grande de perna amarela), enfrentando bravamente o vento e a areia que voava furiosamente pela beira da praia. Era tanta areia voando que nem dava pra ver os pés das aves.