sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O que Jean-Michel não viu

Quando criança, meus programas favoritos na TV, naquela época em preto e branco, eram as expedições marinhas documentadas pelo pai de Jean-Michel, o lendário Jacques Yves Cousteau. No dia 6 de julho de 2010, Jean-Michel Cousteau, acompanhado de uma equipe da RBS TV, esteve na Lagoa do Peixe. Tulio Milman, na Revista Fronteiras do Pensamento, encartada em Zero Hora de 27 de novembro passado, cita:

"Foi na Lagoa do Peixe que Jean-Michel foi assaltado pela terceira e mais contundente das surpresas. A quantidade de lixo dentro do parque era oceânica. Sacos plásticos, redes velhas, garrafas pet, embalagens de biscoito. Tudo em grandes quantidades."
No domingo passado eu estive lá e percorri os 14 quilômetros de praia que ligam a Trilha do Talha Mar à barra da Lagoa do Peixe. Estava tudo lá, como descreveu Tulio Milman, quantidades oceânicas de lixo, de todo tipo. Uma imagem chocante.
Só que havia mais do que lixo, havia uma grande quantidade de animais mortos. Entre várias espécies de aves (principalmente pinguins), peixes e mamíferos (muitos filhotes de golfinho), se destacavam três carcaças de enormes tartarugas marinhas.



Em seu artigo Milman ainda cita que "Apesar de tudo, Jean-Michel gostou do que viu."
Não creio que tenha visto tudo.

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