No sábado passado a Sogipa sediou algumas provas de atletismo, entre elas a de salto triplo masculino. Para minha surpresa Jardel Gregório estava lá. Grande esperança brasileira de medalha nas olimpíadas de Atenas em 2004 e Pequim em 2008, acabou ficando com honrosos quinto e sexto lugares respectivamente.
O que impressiona à primeira vista é o tamanho do atleta. Os 2,02 metros de altura e os 104 quilos poderiam sugerir um atleta pesado e lento, mas já antes da prova, ficou claro a grande diferença entre ele e os outros atletas, quer seja pela concentração e aplicação no aquecimento, quer pela rapidez, energia e leveza dos seus movimentos.
Embora neste sábado o seu melhor salto tenha sido exatamente um metro abaixo da sua melhor marca, conquistada em 2007, Jardel saltou quase dois metros mais do que o segundo colocado, demonstrando claramente o abismo que separa um atleta olímpico, ainda que em declínio, de atletas comuns.
Embora neste sábado o seu melhor salto tenha sido exatamente um metro abaixo da sua melhor marca, conquistada em 2007, Jardel saltou quase dois metros mais do que o segundo colocado, demonstrando claramente o abismo que separa um atleta olímpico, ainda que em declínio, de atletas comuns.
A sua marca foi anotada num modesto painel analógico, que nada tem a ver com os glamourosos painéis digitais dos eventos internacionais.
A vida da grande maioria dos atletas é assim, difícil. São muitos e muitos anos de dedicação para chegar quase ao topo. O declínio e o esquecimento vêm rápido. O sucesso completo é para poucos e ainda assim todos terminam a carreira em eventos de pequena importância, assistidos por aqueles que como eu, por acaso passavam pelo clube para curtir o sol, numa fria manhã de sábado.
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