segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Semelhante come semelhante

Algumas vezes temos a tendência de idealizar que na natureza tudo é pacífico e tranquilo, que tudo está em perfeita harmonia e que maldade é uma criação da raça humana. 

Sabemos, e creio que a maioria dos homens aceita, que espécies que não estão no topo da cadeia alimentar, são presas em potencial desde o momento da sua concepção até a morte. Não estamos, no entanto, acostumados a aceitar que semelhantes comam semelhantes. Talvez não se trate exatamente de maldade no conceito que nós homens entendemos, mas sem dúvida, quando vemos uma espécie devorando seus pares, ficamos chocados. Quem sabe nem devêssemos ficar chocados, porque embora o homem raramente se alimente do seu semelhante,  muitas vezes o explora até as últimas consequências. Isto sim é maldade e não é menos cruel do que aquilo que presenciei neste domingo 26 de fevereiro.

Uma cobra, segundo a identificação do biólogo Márcio Borges Martins, uma papa-pinto (Philodryas patagoniensis), devorou inteira, em pouco mais de 15 minutos, uma outra cobra igualzinha a ela. Foram cenas fortes, das quais algumas podem ser vistas abaixo.



A seguir o registro do canibalismo em vídeo:


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