Apesar do aspecto ameaçador do céu, os ventos eram calmos e a navegação até a única ilha oceânica na costa do Rio Grande do Sul prometia ser tranquila. Os molhes curtos da barra de Torres tornam a saída para o mar, pelo rio Mampituba, uma operação arriscada em dias de mar grosso. Naquele dia as ondas não eram muito grandes e não tivemos problemas e seguimos em segurança para a Ilha dos Lobos, afastando-nos da cidade mais setentrional da costa gaúcha.
A Ilha dos Lobos não passa de um punhado de pedras que afloram um pouco acima do nível da água. Não há nenhum tipo de vegetação e o desembarque na ilha é algo extremamente arriscado, além de proibído, por ser a ilha uma área de proteção ambiental, para a sorte de leões e de lobos marinhos.
Nos meses de inverno estes mamíferos ocupam as pedras da Ilha dos Lobos, onde se alimentam e se preparam para o retorno às áreas de procriação, bem mais ao sul. Embora a ilha se chame Ilha dos Lobos, a população predominante é de leões marinhos.
Mesmo que o dia cinzento não tenha sido uma ameaça à navegação e à segurança, o céu encoberto com pesadas nuvens não permitiu fotografias de melhor qualidade dos animais que disputavam um lugar sobre as pedras.
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