Semelhante come semelhante

Algumas vezes temos a tendência de idealizar que na natureza tudo é pacífico e tranquilo, que tudo está em perfeita harmonia e que maldade é uma criação da raça humana. 

Sabemos, e creio que a maioria dos homens aceita, que espécies que não estão no topo da cadeia alimentar, são presas em potencial desde o momento da sua concepção até a morte. Não estamos, no entanto, acostumados a aceitar que semelhantes comam semelhantes. Talvez não se trate exatamente de maldade no conceito que nós homens entendemos, mas sem dúvida, quando vemos uma espécie devorando seus pares, ficamos chocados. Quem sabe nem devêssemos ficar chocados, porque embora o homem raramente se alimente do seu semelhante,  muitas vezes o explora até as últimas consequências. Isto sim é maldade e não é menos cruel do que aquilo que presenciei neste domingo 26 de fevereiro.

Uma cobra, segundo a identificação do biólogo Márcio Borges Martins, uma papa-pinto (Philodryas patagoniensis), devorou inteira, em pouco mais de 15 minutos, uma outra cobra igualzinha a ela. Foram cenas fortes, das quais algumas podem ser vistas abaixo.

A seguir o registro do canibalismo em vídeo:

Mata Atlântica

(clique sobre a foto para ampliar)

Esta é uma cena típica da Mata Atlântica, que no tempo do descobrimento cobria uma área de aproximadamente 1,3 milhão de quilômetros quadrados. Hoje resta algo em torno de 100 mil quilômetros quadrados. Por haver existido ao longo de quase toda a costa litorânea brasileira, com a chegada dos europeus, foi a primeira floresta a ser agredida e de todas a mais explorada até hoje. Há uma quantidade imensa de informação sobre ela na internet. Dedique algumas horas à leitura e logo ficará claro quão importante é preservar o pouco que ainda existe.

Que gira, gira!

Tecnicamente falta muito para a foto estar perfeita, mas foi a minha primeira tentativa com foto de longa exposição. Ela mostra as estrelas girando em torno do polo sul celeste. Pode parecer estranho, mas o mais difícil hoje em dia, é conseguir a coincidência de estar em um lugar distante das luzes de qualquer cidade, em um noite sem nuvens, sem vento e com lua nova. Estas são algumas das condições exigidas para fazer este tipo de fotografia.

Para ver melhor a foto você pode clicar sobre ela.

Paisagens em transformação

As fotos abaixo foram tiradas num só lugar, num intervalo de apenas 12 horas e mostram como a natureza consegue se transformar e nos brindar com novidades a cada momento. É de graça, basta desfrutar e veremos que não há tédio que consiga nos deixar deprimidos. O problema é que o homem se tornou excessivamente urbano e desaprendeu a apreciar as novidades que a natureza lhe proporciona todos os dias e tem se limitado a esperar só pelas novidades da sociedade de consumo.

Rondinha - Arroio Caniço

Na praia de Rondinha, no município de Arroio do Sal, há um pequeno parque natural, um dos poucos que existem no litoral norte do RS, chamado parque Tupancy. A três quilômetros ao sul do parque Tupancy há uma outra área muito bonita, que tem que ser urgentemente preservada antes que a exploração imobiliária a destrua. É a foz do arroio Caniço. Das dunas à beira mar até a Estrada do Mar, é uma área de extrema importância ecológica e porque não dizer turística para o município. Creio que muitos já se deram conta que uma área natural preservada vale muito mais do que alguns reais arrecadados em IPTU. Já pensaram que tristeza seria se o Caniço despejasse água poluídas no mar? Tomara que o poder público do município esteja atento a isto e preserve com rigor esta área.

Espelhos quase infinitos

Em dia de ressaca o mar fica feio, a areia da praia tomada pela água, mas há a vantagem de que se formam enormes espelhos na praia que refletem todas as imagens à beira mar.

Vida de pescador

Vida de pescador profissional é dura, mas tem suas compensações, como poder apreciar este nascer de sol, num dia de mar de almirante, com uma fresca brisa que certamente não deixará a temperatura chegar às marcas infernais que temos atualmente em Porto Alegre.

Black and white

Por sua exótica formação, este cacho de uvas se salvou de ser jogado na mesma máquina na qual todos os outros cachos foram esmagados para virar vinho. Embora alguns possam pensar que é fruto de um hábil operador de Photoshop, é uma obra autêntica da natureza. Nasceu e cresceu assim, meio branco e meio preto. 

Seria interessante saber como é que isto acontece na natureza. Talvez algum biólogo geneticista leia este post e nos explique como é que isto acontece!

(Foto: Beatriz S. Hasenack)

Contentes com a seca

Parece impossível, mas há agricultores que estão contentes com a seca que castiga o Rio Grande do Sul há mais de dois meses. Os vinicultores da Serra Gaúcha estão colhendo uma safra de excelente qualidade. Pela falta de chuvas as uvas estão excepcionalmente doces, o que dará um vinho de qualidade superior.

Quando feita em família, no frescor da manhã, a colheita é uma festa, ainda mais com a certeza de serão entregues na vinícola algumas das melhores uvas dos últimos 15 anos.

A colheita é rápida e antes de chegar a noite não resta nenhum cacho de uva no parreiral. Tudo vai ser transformado em vinho, que levará no rótulo o ano de uma excelente safra: 2012.